Title: Construções de mas com valor de negação de expectativas em Português Europeu
Variant title:
- Counterexpectational but sentences in European Portuguese
Source document: Études romanes de Brno. 2024, vol. 45, iss. 4, pp. 46-64
Extent
46-64
-
ISSN2336-4416 (online)
Persistent identifier (DOI): https://doi.org/10.5817/ERB2024-4-3
Stable URL (handle): https://hdl.handle.net/11222.digilib/digilib.81313
Type: Article
Language
License: CC BY-SA 4.0 International
Rights access
open access
Notice: These citations are automatically created and might not follow citation rules properly.
Abstract(s)
O português europeu, o francês e o inglês distanciam-se de línguas como o espanhol ou o alemão pelo facto de apenas possuírem uma conjunção adversativa. Casos como o do português são, na literatura, referidos como ambíguos por uma conjunção veicular vários valores (Horn 2001), como contraste, correção ou negação de expectativas. Neste trabalho, propomos o contraste como o valor base de mas e iremos analisar o seu subvalor de negação de expectativas, observando como se estabelece esta leitura em frases adversativas, o que se entende por expectativa, as implicaturas pragmáticas associadas a estas construções e, por fim, a estrutura sintática que lhes está subjacente.
European Portuguese, French and English differ from languages as Spanish or German in that they only have one adversative conjunction. Cases like that of Portuguese are referred to in the literature as ambiguous because one conjunction conveys several values (Horn 2001), such as contrast, correction or denial of expectations. In this paper, we propose contrast as the basic value of mas ('but', in English) and will analyze its subvalue of denial of expectations, looking at how this reading is established in adversative sentences, what is meant by expectation, the pragmatic implicatures associated with these constructions and, finally, the syntactic structure that underlies them.
References
[1] Amaral, P.; & D. P., F. (2020). Predicting the end: Epistemic change in Romance. Semantics and Pragmatics, 13, 1–50.
[2] Anscombre, J.-C.; & Ducrot, O. (1977). Deux mais en français? 43, Amsterdam: North-Holland Publishing Company, 23–40.
[3] Barros, C. (1998). De magis a mas: deriva semântica e pragmática. In J. Fonseca, & C. Barros (eds.) A organização e o funcionamento dos discursos: estudos sobre o Português, tomo I (pp. 25–48). Porto: Porto Editora.
[4] Canceiro, N. (2016). Coordenação, subordinação adverbial e relações referenciais entre sujeitos. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa.
[5] Cunha, C.; & Cintra, L. (1986). Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Ed. J. Sá da Costa.
[6] Fábregas, A. (2022) De contrastes. In El Racionalista Omnívoro (podcast) https://go.ivoox.com/rf/93221847
[7] Flamenco García, L. (1999). Las construcciones concesivas y adversativas. In I. Bosque, & V. Demonte (Eds.), Gramática descriptiva de la Lengua Española, vol. 3. (pp. 3805–3878). Madrid: Editorial Espasa.
[8] Foolen, A. (1991). Polyfunctionality and the semantics of adversative conjunctions, Multilingua, 10–12, 79–92.
[9] Horn, L. (1989). A Natural History of Negation. Chicago: The University of Chicago Press.
[10] Horn, L. (2001) A Natural History of Negation. 2nd ed. Stanford: CSLI.
[11] Koenig, J.-P.; & Bendorf, B. (1998). Meaning and context: German 'aber' and 'sondern'. In J.-P. Koening (Ed.), Discourse and Cognition: Bridging the Gap. Standford: CSLI Publications.
[12] Matos, G. (2000). Across-the-board clitic placement in Romance languages. Probus, 12, 229–259.
[13] Matos, G. (2003). Estruturas de coordenação. In M. H. M. Mateus et allii, Gramática da Língua Portuguesa, 5ª ed. (pp. 869–913). Lisboa: Editorial Caminho.
[14] Matos, G.; & Prada, E. (2005). Construções contrastivas de focalização: adversativas vs. concessivas. In Actas do XX Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística (pp. 701–713). Lisboa: APL.
[15] Matos, G.; & Raposo, E. (2013). Estruturas de coordenação. In E. Raposo et allii (Orgs.), Gramática do Português. vol. II (pp. 1761–1817). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
[16] Panitz, C. et allii (2021). A Revised Framework for the Investigation of Expectation Update Versus Maintenance in the Context of Expectation Violations: The ViolEx 2.0 Model. Frontiers in Psychology, 12, Article: 726432, https://doi:10.3389/fpsyg.2021.726432
[17] Prada, E. (2000). Produção de construções adversativas no Português Europeu. Dissertação de Mestrado, Universidade Aberta.
[18] Prada, E. (2002). Coordenação adversativa: regularidades e singularidades. In A. Gonçalves, & C. N. Correia (Eds.), Actas do XVII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística (pp. 377–385). Lisboa: APL.
[19] Prada, E. (2003). Produção de contraste no Português Europeu. Actas do XVIII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística (pp. 663–675). Lisboa: APL.
[20] Sousa, S. (2006). Contributos para o estudo das construções refutativo-rectificativas em Português Europeu. Dissertação de Mestrado. Universidade de Coimbra.
[21] Sousa, S. (2014). Contributos para o estudo da refutação em Português Europeu Contemporâneo. Tese de Doutoramento. Universidade de Coimbra.
[22] Steindl, U. (2017). The Gramar of Correction. Tese de Doutoramento. University of Southern California.
[23] Schwenter, S. (2000). Spanish connectives and pragmatic implicatures. In H. Campos, E. Herburger, A. Morales-Front, & T. J. Walsh (Eds.), Hispanic linguistics at the turn of the millennium: papers from the 3rd Hispanic Linguistics Symposium, pp. 292–307.
[24] Varela, L. (2000). Para uma semântica das construções concessivas e adversativas do português. Dissertação de Mestrado. Universidade de Lisboa.
[25] Vicente, L. (2010). On the syntax of adversative coordination. Nat Lang Linguist Theory, 28, 381–415.
[2] Anscombre, J.-C.; & Ducrot, O. (1977). Deux mais en français? 43, Amsterdam: North-Holland Publishing Company, 23–40.
[3] Barros, C. (1998). De magis a mas: deriva semântica e pragmática. In J. Fonseca, & C. Barros (eds.) A organização e o funcionamento dos discursos: estudos sobre o Português, tomo I (pp. 25–48). Porto: Porto Editora.
[4] Canceiro, N. (2016). Coordenação, subordinação adverbial e relações referenciais entre sujeitos. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa.
[5] Cunha, C.; & Cintra, L. (1986). Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Ed. J. Sá da Costa.
[6] Fábregas, A. (2022) De contrastes. In El Racionalista Omnívoro (podcast) https://go.ivoox.com/rf/93221847
[7] Flamenco García, L. (1999). Las construcciones concesivas y adversativas. In I. Bosque, & V. Demonte (Eds.), Gramática descriptiva de la Lengua Española, vol. 3. (pp. 3805–3878). Madrid: Editorial Espasa.
[8] Foolen, A. (1991). Polyfunctionality and the semantics of adversative conjunctions, Multilingua, 10–12, 79–92.
[9] Horn, L. (1989). A Natural History of Negation. Chicago: The University of Chicago Press.
[10] Horn, L. (2001) A Natural History of Negation. 2nd ed. Stanford: CSLI.
[11] Koenig, J.-P.; & Bendorf, B. (1998). Meaning and context: German 'aber' and 'sondern'. In J.-P. Koening (Ed.), Discourse and Cognition: Bridging the Gap. Standford: CSLI Publications.
[12] Matos, G. (2000). Across-the-board clitic placement in Romance languages. Probus, 12, 229–259.
[13] Matos, G. (2003). Estruturas de coordenação. In M. H. M. Mateus et allii, Gramática da Língua Portuguesa, 5ª ed. (pp. 869–913). Lisboa: Editorial Caminho.
[14] Matos, G.; & Prada, E. (2005). Construções contrastivas de focalização: adversativas vs. concessivas. In Actas do XX Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística (pp. 701–713). Lisboa: APL.
[15] Matos, G.; & Raposo, E. (2013). Estruturas de coordenação. In E. Raposo et allii (Orgs.), Gramática do Português. vol. II (pp. 1761–1817). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
[16] Panitz, C. et allii (2021). A Revised Framework for the Investigation of Expectation Update Versus Maintenance in the Context of Expectation Violations: The ViolEx 2.0 Model. Frontiers in Psychology, 12, Article: 726432, https://doi:10.3389/fpsyg.2021.726432
[17] Prada, E. (2000). Produção de construções adversativas no Português Europeu. Dissertação de Mestrado, Universidade Aberta.
[18] Prada, E. (2002). Coordenação adversativa: regularidades e singularidades. In A. Gonçalves, & C. N. Correia (Eds.), Actas do XVII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística (pp. 377–385). Lisboa: APL.
[19] Prada, E. (2003). Produção de contraste no Português Europeu. Actas do XVIII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística (pp. 663–675). Lisboa: APL.
[20] Sousa, S. (2006). Contributos para o estudo das construções refutativo-rectificativas em Português Europeu. Dissertação de Mestrado. Universidade de Coimbra.
[21] Sousa, S. (2014). Contributos para o estudo da refutação em Português Europeu Contemporâneo. Tese de Doutoramento. Universidade de Coimbra.
[22] Steindl, U. (2017). The Gramar of Correction. Tese de Doutoramento. University of Southern California.
[23] Schwenter, S. (2000). Spanish connectives and pragmatic implicatures. In H. Campos, E. Herburger, A. Morales-Front, & T. J. Walsh (Eds.), Hispanic linguistics at the turn of the millennium: papers from the 3rd Hispanic Linguistics Symposium, pp. 292–307.
[24] Varela, L. (2000). Para uma semântica das construções concessivas e adversativas do português. Dissertação de Mestrado. Universidade de Lisboa.
[25] Vicente, L. (2010). On the syntax of adversative coordination. Nat Lang Linguist Theory, 28, 381–415.