Léxico caipira oral atual da área semântica 'religião e crenças' em Itu, cidade em intento de tornar-se Patrimônio Mundial

Název: Léxico caipira oral atual da área semântica 'religião e crenças' em Itu, cidade em intento de tornar-se Patrimônio Mundial
Variantní název:
  • "Caipira" dialect's current oral lexicon related to religion and beliefs in Itu, a city intending to become a world heritage
Zdrojový dokument: Études romanes de Brno. 2021, roč. 42, č. 1, s. 185-199
Rozsah
185-199
  • ISSN
    1803-7399 (print)
    2336-4416 (online)
Type: Článek
Jazyk
 

Upozornění: Tyto citace jsou generovány automaticky. Nemusí být zcela správně podle citačních pravidel.

Abstrakt(y)
Aborda-se o nível lexical atual do vernáculo falado em uma das cidades historicamente mais importantes da região do Médio Tietê — berço do dialeto caipira do Estado de São Paulo, Brasil – chamada Itu. A área semântica é 'religião e crenças'. As formas investigadas são: ‹capeta›, ‹diabo›, ‹demônio›, ‹lúcifer›, ‹(as)sombração›, ‹espírito›, ‹fantasma›, ‹alma›, ‹encosto›, ‹macumba›, ‹feitiço›, ‹amuleto (da sorte)›, ‹medalha/medalhinha› e ‹escapulário›. No âmbito dos estudos performados por Romero (2007) e Figueiredo Jr. (2019), essas lexias foram produzidas por 24 informantes ituanos no total, entrevistados in loco mediante a aplicação de duas versões do questionário semântico-lexical do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (Projeto ALiB). Do ponto de vista dialetológico, objetiva-se ineditamente analisar tais lexias e identificar seus estatutos atuais em função de correlações com variáveis extralinguísticas (diagenérica, diageracional, diastrática e diarreligiosa). Ademais, notas etimológicas são adicionalmente fornecidas.
This study deals with the current spoken lexicon of Itu, one of the most historically important Brazilian cities within Médio Tietê, a region that belongs to São Paulo State and is the cradle of "Caipira" dialect in the mentioned State. The semantic area concerned is related to religion and beliefs, and the specific forms are: ‹capeta›, ‹diabo›, ‹demônio›, ‹lúcifer›, ‹(as)sombração›, ‹espírito›, ‹fantasma›, ‹alma›, ‹encosto›, ‹macumba›, ‹feitiço›, ‹amuleto (da sorte)›, ‹medalha/medalhinha›, and ‹escapulário›. Romero (2007) and Figueiredo Jr. (2019) directly collected these data from 24 informants in the form of an interview based on two versions of a questionnaire by the Linguistic Atlas of Brazil ("ALiB") Project. As an original aim of this paper, the aforementioned denoting items are dialectologically analyzed, and their current status is identified in correlation with extralinguistic variables (diagender-specific, diagenerational, diastratic, and diarreligious). Further, etymological information is also provided.
Reference
[1] Amaral, A. (1920). O dialeto caipira. São Paulo: Anhembi.

[2] Carvalho, M. R. (1987). Dicionário tupi (antigo)–português. Salvador: [s. n.]

[3] Castilho, E. R. (2017). Itu, entre as ideias preservacionista e desenvolvimentista: da disputa patrimonial e turística à construção de uma imagem cultural ituana como cidade-museu. Rio de Janeiro: UNIRIO.

[4] Coppes Jr., G. R. (2021). "Um problema histórico-geográfico": emergências de um saber geográfico no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Uma geografia para e das bandeiras (1894–1954). Franca: UNESP.

[5] [CNPA]: Comitê Nacional do Projeto ALiB. (2001). Atlas Linguístico do Brasil: questionários 2001. Londrina: Ed. UEL.

[6] Cunha, A. G. (1989 [1982]). Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

[7] Ferreira, J. P. (org.) (1957). Enciclopédia dos municípios brasileiros. Vol. XXVIII. Lucas (DF): Oficinas do Serviço Gráfico do IBGE.

[8] Figueiredo Jr., S. R. (2019). Atlas linguístico pluridimensional do português paulista: níveis semântico-lexical e fonético-fonológico do vernáculo da região do Médio Tietê. São Paulo: USP.

[9] Figueiredo Jr., S. R.; Margotti, F. W.; Santiago-Almeida, M. M.; & Nascimento, J. F. (2021). Metodologia geolinguística: agentes em geral e técnicas de inquérito semântico-lexical em específico. Cadernos de Estudos Linguísticos, 63, 1–16.

[10] Francischinelli, F. L. C. (2019). Itu: a vila do açúcar (1780 a 1830). In M. S. D. Hadler, A. Paulilo, M. A. R. Ribeiro, & J. F. Cerasoli (Orgs.). Anais do IX Seminário Nacional do CMU – Memória e histórias locais: esquecimento, diversidades culturais e identidades. Campinas: UNICAMP.

[11] Garcia, R. R. (2015). A entoação do dialeto caipira do Médio Tietê: reconhecimento, características e formação. São Paulo: USP.

[12] Holanda, S. B. (2000 [1945]) Monções. São Paulo: Brasiliense.

[13] Houaiss, A.; Villar, M. S. (2009). Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva.

[14] [IBGE]: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2021). Itu. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/itu/historico

[15] [IPHAN]: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (2021). Lista dos Bens Tombados e Processos em Andamento (1938–2019). http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/126

[16] Machado, J. P. (1977 [1952]). Dicionário etimológico da língua portuguesa: com a mais antiga documentação escrita e conhecida de muitos dos vocábulos estudados. 3. ed. Lisboa: Horizonte.

[17] Marins, P. C. G. (2016). Da porta do sertão ao porto: paisagem cultural e musealização. Comunicação oral (18 de maio de 2016). Itu (SP): Centro de Estudos do Museu Republicano "Convenção de Itu".

[18] Martins, M. E. (2012). A formação do Museu Republicano "Convenção de Itu" (1921–1946). São Paulo: USP.

[19] Nascentes, A. (1966). Dicionário etimológico resumido. Rio de Janeiro: INL/MEC.

[20] [PETI]: Prefeitura da Estância Turística de Itu (2021). Áreas de Proteção Ambiental (APAs). https://itu.sp.gov.br/meio-ambiente/areas-de-protecao-ambiental-apas/

[21] Radtke, E.; & Thun, H. (1996). Neue Wege der romanischen Geolinguistik: eine Bilanz. In E. Radtke, & H. Thun (Orgs.) Akten des Symposiums zur empirischen Dialektologie (pp. 1–24). Kiel: Westensee-Verl.

[22] Romero, R. M. L. (2007). Estudo semântico-lexical na região de Itu. São Paulo: USP.

[23] [SP]: São Paulo (2016). Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. Governo do Estado de São Paulo. Recursos hídricos. http://www.sigrh.sp.gov.br

[24] [SIDRA]: Sistema IBGE de Recuperação Automática (2021). Censo demográfico [2010]. ‹sidra.ibge.gov.br›

[25] Thun, H. (2005). A Dialetologia Pluridimensional no Rio da Prata. In A. M. S. Zilles (Org.). Estudos de variação linguística no Brasil e no Cone Sul (pp. 63–92). Porto Alegre: Ed. UFRGS.

[26] Thun, H. (Dir.) (2000). Atlas lingüístico diatópico y diastrático del Uruguay. Kiel: Westensee-Verl.

[27] Toscano, J. W.; & Toscano, O. H. S. (1977). Análise urbana: considerações sobre a estrutura do diagnóstico geral da cidade de Itu. In J. W. Toscano; O. H. S. Toscano (Orgs.). Diagnóstico geral da cidade de Itu para a implantação de um programa de ação cultural – relatório final. São Paulo: [mimeografado].

[28] Ximenes, D. S. S. (2018). Projeto urbano sustentável para a cidade de Itu: ligação centro histórico e o novo centro. São Paulo: USP