Title: Influências interlinguísticas no léxico do português usado na ilha de São Vicente, Cabo Verde
Variant title:
- Interlinguistic influences in the lexicon of Portuguese used on São Vicente Island, Cape Verde
Source document: Études romanes de Brno. 2021, vol. 42, iss. 1, pp. 57-72
Extent
57-72
-
ISSN1803-7399 (print)2336-4416 (online)
Persistent identifier (DOI): https://doi.org/10.5817/ERB2021-1-4
Stable URL (handle): https://hdl.handle.net/11222.digilib/144080
Type: Article
Language
License: CC BY-SA 4.0 International
Notice: These citations are automatically created and might not follow citation rules properly.
Abstract(s)
O objetivo principal do estudo é a apresentação dos resultados da análise de 66 entrevistas com informantes da cidade do Mindelo, Cabo Verde, de diferentes idades, graus de escolaridade e intensidade de contacto com a língua portuguesa (grupo de "utilizadores comuns") e 17 entrevistas com professores universitários (especialistas em diferentes áreas científicas), artistas, sacerdotes e escritores residentes no Mindelo.. Além da observação da dinâmica sociolinguística da ilha e da recolha de opiniões sobre a situação linguística no país inteiro, é do nosso intuito descrever alguns processos relacionados com o afastamento lexical da norma padrão europeia identificáveis na produção oral dos "utilizadores comuns". Segue-se o modelo da análise qualitativa, com elementos quantitativos referentes à frequência das modificações lexicais observadas.
The main objective of the study is to present the results of the analysis of 66 interviews with informants from the city of Mindelo, Cape Verde, of different ages, educational levels and intensity of contact with the Portuguese language (group of "common users") and 17 interviews with university professors (specialists in different scientific areas), artists, priests and writers residing in Mindelo. In addition to observing the socio -linguistic dynamics of the island and collecting opinions on the linguistic situation in the entire country, it is our intention to describe some processes related to the lexical distancing from the European standard norm that can be identified in the oral production of "common users". The analysis will follow the qualitative model, with quantitative elements referring to the frequency of observed lexical changes.
References
[1] Angelis, G. de; & Selinker, L. (2001). Interlanguage Transfer and Competing Linguistic Systems in the Multilingual Mind. In J. Cenoz, B. Hefeisen, & U. Jessner (Eds.), Cross-linguistic Influence in Third Language Acquisition: Psycholinguistic Perspectives (pp. 42–58). Clevedon: Multilingual Matters.
[2] Bartens, A. (2000). Notes on the componential diffusion in the genesis of the Kabuverdianu cluster. In J. McWhorter (ed.), Language change and language contact in pidgins and creoles (pp. 35–61). Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins.
[3] Bento, A. Monteiro (2015). Antropologia de Cabo Verde: Diálogos, Práticas, Saberes e Desafios Contemporâneos. Rio de Janeiro: Artprint Editora Ltda.
[4] Cabral, I. (2015). A primeira elite colonial atlântica. Dos "homens honrados brancos" de Santiago à "nobreza da terra". Lisboa: Sílabo.
[5] Czopek, N. (2016a). Na bóka noti de Tomé Varela da Silva como reflexo de uma das propostas de padronização ortográfica do crioulo cabo-verdiano. In B. Hlibowicka-Węglarz, J. Wiśniewska & E. Jabłonka (Eds.), Língua Portuguesa Unidade na Diversidade (vol. 1) (pp. 135–149). Lublin: Editora da Universidade Marie Curie-Skłodowska.
[6] Czopek, N. (2016b). De uma língua oral sem escrita à escrita de uma língua oral – o caso do crioulo caboverdiano das ilhas do Barlavento e Sotavento. Études romanes de Brno, 37, 1, 11‒26.
[7] Czopek, N. (2017). O basileto crioulo das ilhas de cabo verde no romance Odju d'agu de Manuel Veiga. In G. L. De Rosa, K. de Abreu Chulata, F. Degli Atti, & F. Morleo (Orgs.), De volta ao futuro da língua portuguesa. Ata do V SIMELP – Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa (pp. 185–201). Lecce: Università del Salento.
[8] Czopek, N. (2020). Uso das línguas cabo-verdiana e portuguesa em contexto religioso na ilha de São Vicente, em Cabo Verde. In B. Marczuk, & I. Piechnik (Eds.), Discours religieux: langages, textes, traductions (pp. 389–403). Kraków: Biblioteka Jagiellońska.
[9] Costa, J. V. B. da (1980 [1877–1880]). Relatório. In F. Monteiro (ed.), A ilha de São Vicente de Cabo Verde - Relatório de Joaquim Vieira Botelho da Costa. Raízes, 7, 16, ano 4, 128–196.
[10] Delgado, C. A. (2009). Crioulos de base lexical portuguesa como fatores de identidades em África. O caso de Cabo Verde. Praia: Instituto da Biblioteca e do Livro.
[11] Duarte, D. Almada (1998). Bilinguismo ou diglossia? As relações de força entre o crioulo e o português na sociedade cabo-verdiana. Praia: Spleen Edições.
[12] Fasold, R. (2004). The Sociolinguistics of Society. Vol. 1. Oxford: Basil Blackwell.
[13] Feijó, J. da S. (1986 [1797]). Ensaio económico sobre as ilhas de Cabo Verde. In A. Carreira (Ed.), Ensaio e memórias económicas sobre as ilhas de Cabo Verde (séc. XVIII). Lisbon: The Author and Instituto Caboverdeano do Livro.
[14] Fishman, J. A. (1980). Bilingualism and Biculturalism as Individual and as a Societal Phenomena. Journal of Multilingual and Multicultural Development, 1, 3–15. | DOI 10.1080/01434632.1980.9993995
[15] Grosjean, F. (1982). Life with Two Languages: An Introduction to Bilingualism. Cambridge, Mass: Harvard University Press.
[16] Lima, J. J. L. da (1844). Ensaios sobre a estatística das possessões portuguezas na Africa occidental e oriental; na Ásia occidental; na China, e na Oceânia. Vols. 1 e 2. Lisboa: Imprensa Nacional.
[17] Lopes, A. M. (2016). As línguas de Cabo Verde. Uma radiografia sociolinguística. Praia: Edições UniCV.
[18] Märzhäuser, Ch. (2019). Txeka kel muv – Panorama do contato linguístico cabo-verdiano-inglês e integração dos anglicismos no cabo-verdiano. Journal of Ibero-Romance Creoles, 9, 1, 194–224.
[19] Pereira, D. A. (2014). Um olhar sobre Cabo Verde. História para jovens. Brasília: Thesaurus.
[20] Pusich, A. (1956 [1810]). Memórias. In O. Ribeiro (Ed.), As ilhas de Cabo Verde no princípio do século XIX. Separata de Garcia de Orta, Vol. IV, No. 4. Lisboa: Junta das Missões Geográficas e de Investigação do Ultramar.
[21] Rosa, J. (2010). Discursos linguísticos e realidades nas salas de aulas. Vencendo a luta pelo controle. Praia: Edições Uni-CV.
[22] Senna, M. Roiz Lucas de 1818 (1987). Dissertação das ilhas de Cabo Verde 1818. In A. Carreira (Ed.), Dissertação sobre as ilhas de Cabo Verde 1818 por Manuel Roiz Lucas de Senna. Mem Martins: Gráfica Europam.
[23] Swolkień, D. (2004). Factores sociolinguísticos no povoamento da ilha de São Vicente de Cabo Verde. In M. Fernández, M. Fernández-Ferreiro, & N. Vázquez Veiga (Eds.), Los criollos de base ibérica. ACBLPE 2003 (pp. 171–183). Frankfurt: Vervuert & Madrid: Iberoamericana.
[24] Swolkień, D. (2015). The Cape Verdean Creole of São Vicente: Its Genesis and Structure. Coimbra: Universidade de Coimbra.
[25] Veiga, M. (1995). O crioulo de Cabo Verde: Introdução à gramática. Praia: Instituto Cabo-verdiano do Livro e do Disco.
[26] Veiga, M. (2016a). Cabo Verde: da diglossia à construção do bilinguismo. In M. Veiga (Ed.), A palavra & o verbo (pp. 171–182). Praia: Acácia Editora.
[27] Veiga, M. (2016b). Code-switching no crioulo caboverdiano – CCV (o positivo e o negativo). In M. Veiga (Ed.), A palavra & o verbo (pp. 203–216). Praia: Acácia Editora.
[2] Bartens, A. (2000). Notes on the componential diffusion in the genesis of the Kabuverdianu cluster. In J. McWhorter (ed.), Language change and language contact in pidgins and creoles (pp. 35–61). Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins.
[3] Bento, A. Monteiro (2015). Antropologia de Cabo Verde: Diálogos, Práticas, Saberes e Desafios Contemporâneos. Rio de Janeiro: Artprint Editora Ltda.
[4] Cabral, I. (2015). A primeira elite colonial atlântica. Dos "homens honrados brancos" de Santiago à "nobreza da terra". Lisboa: Sílabo.
[5] Czopek, N. (2016a). Na bóka noti de Tomé Varela da Silva como reflexo de uma das propostas de padronização ortográfica do crioulo cabo-verdiano. In B. Hlibowicka-Węglarz, J. Wiśniewska & E. Jabłonka (Eds.), Língua Portuguesa Unidade na Diversidade (vol. 1) (pp. 135–149). Lublin: Editora da Universidade Marie Curie-Skłodowska.
[6] Czopek, N. (2016b). De uma língua oral sem escrita à escrita de uma língua oral – o caso do crioulo caboverdiano das ilhas do Barlavento e Sotavento. Études romanes de Brno, 37, 1, 11‒26.
[7] Czopek, N. (2017). O basileto crioulo das ilhas de cabo verde no romance Odju d'agu de Manuel Veiga. In G. L. De Rosa, K. de Abreu Chulata, F. Degli Atti, & F. Morleo (Orgs.), De volta ao futuro da língua portuguesa. Ata do V SIMELP – Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa (pp. 185–201). Lecce: Università del Salento.
[8] Czopek, N. (2020). Uso das línguas cabo-verdiana e portuguesa em contexto religioso na ilha de São Vicente, em Cabo Verde. In B. Marczuk, & I. Piechnik (Eds.), Discours religieux: langages, textes, traductions (pp. 389–403). Kraków: Biblioteka Jagiellońska.
[9] Costa, J. V. B. da (1980 [1877–1880]). Relatório. In F. Monteiro (ed.), A ilha de São Vicente de Cabo Verde - Relatório de Joaquim Vieira Botelho da Costa. Raízes, 7, 16, ano 4, 128–196.
[10] Delgado, C. A. (2009). Crioulos de base lexical portuguesa como fatores de identidades em África. O caso de Cabo Verde. Praia: Instituto da Biblioteca e do Livro.
[11] Duarte, D. Almada (1998). Bilinguismo ou diglossia? As relações de força entre o crioulo e o português na sociedade cabo-verdiana. Praia: Spleen Edições.
[12] Fasold, R. (2004). The Sociolinguistics of Society. Vol. 1. Oxford: Basil Blackwell.
[13] Feijó, J. da S. (1986 [1797]). Ensaio económico sobre as ilhas de Cabo Verde. In A. Carreira (Ed.), Ensaio e memórias económicas sobre as ilhas de Cabo Verde (séc. XVIII). Lisbon: The Author and Instituto Caboverdeano do Livro.
[14] Fishman, J. A. (1980). Bilingualism and Biculturalism as Individual and as a Societal Phenomena. Journal of Multilingual and Multicultural Development, 1, 3–15. | DOI 10.1080/01434632.1980.9993995
[15] Grosjean, F. (1982). Life with Two Languages: An Introduction to Bilingualism. Cambridge, Mass: Harvard University Press.
[16] Lima, J. J. L. da (1844). Ensaios sobre a estatística das possessões portuguezas na Africa occidental e oriental; na Ásia occidental; na China, e na Oceânia. Vols. 1 e 2. Lisboa: Imprensa Nacional.
[17] Lopes, A. M. (2016). As línguas de Cabo Verde. Uma radiografia sociolinguística. Praia: Edições UniCV.
[18] Märzhäuser, Ch. (2019). Txeka kel muv – Panorama do contato linguístico cabo-verdiano-inglês e integração dos anglicismos no cabo-verdiano. Journal of Ibero-Romance Creoles, 9, 1, 194–224.
[19] Pereira, D. A. (2014). Um olhar sobre Cabo Verde. História para jovens. Brasília: Thesaurus.
[20] Pusich, A. (1956 [1810]). Memórias. In O. Ribeiro (Ed.), As ilhas de Cabo Verde no princípio do século XIX. Separata de Garcia de Orta, Vol. IV, No. 4. Lisboa: Junta das Missões Geográficas e de Investigação do Ultramar.
[21] Rosa, J. (2010). Discursos linguísticos e realidades nas salas de aulas. Vencendo a luta pelo controle. Praia: Edições Uni-CV.
[22] Senna, M. Roiz Lucas de 1818 (1987). Dissertação das ilhas de Cabo Verde 1818. In A. Carreira (Ed.), Dissertação sobre as ilhas de Cabo Verde 1818 por Manuel Roiz Lucas de Senna. Mem Martins: Gráfica Europam.
[23] Swolkień, D. (2004). Factores sociolinguísticos no povoamento da ilha de São Vicente de Cabo Verde. In M. Fernández, M. Fernández-Ferreiro, & N. Vázquez Veiga (Eds.), Los criollos de base ibérica. ACBLPE 2003 (pp. 171–183). Frankfurt: Vervuert & Madrid: Iberoamericana.
[24] Swolkień, D. (2015). The Cape Verdean Creole of São Vicente: Its Genesis and Structure. Coimbra: Universidade de Coimbra.
[25] Veiga, M. (1995). O crioulo de Cabo Verde: Introdução à gramática. Praia: Instituto Cabo-verdiano do Livro e do Disco.
[26] Veiga, M. (2016a). Cabo Verde: da diglossia à construção do bilinguismo. In M. Veiga (Ed.), A palavra & o verbo (pp. 171–182). Praia: Acácia Editora.
[27] Veiga, M. (2016b). Code-switching no crioulo caboverdiano – CCV (o positivo e o negativo). In M. Veiga (Ed.), A palavra & o verbo (pp. 203–216). Praia: Acácia Editora.