Název: O Unheimliche contemporâneo : Gonçalo M. Tavares e a epopeia
Variantní název:
- The contemporary Unheimliche : Gonçalo M. Tavares and the epic poem
Zdrojový dokument: Études romanes de Brno. 2019, roč. 40, č. 2, s. 89-100
Rozsah
89-100
-
ISSN1803-7399 (print)2336-4416 (online)
Trvalý odkaz (DOI): https://doi.org/10.5817/ERB2019-2-8
Trvalý odkaz (handle): https://hdl.handle.net/11222.digilib/141594
Type: Článek
Jazyk
Licence: CC BY-SA 4.0 International
Upozornění: Tyto citace jsou generovány automaticky. Nemusí být zcela správně podle citačních pravidel.
Abstrakt(y)
Partindo do reconhecimento de que a obra de Luís de Camões consiste na pedra angular do cânone literário português, este artigo reflete sobre a relação do Poeta quinhentista com a produção contemporânea da literatura portuguesa cuja leitura aponta como Os Lusíadas simbolizam a própria memória de uma cultura, ampliando sua notória influência na epopeia de Gonçalo M. Tavares. Esta influência é notável desde a repetição da estrutura épica camoniana. Porém, Uma viagem à Índia, ao mesmo tempo em que problematiza as versões épicas através do deslocamento de Bloom em contexto de perseguição e fuga, avança na leitura dialética das contradições do amor. Em forma de colagem, este texto procura acompanhar o itinerário desta (contra)epopeia e elaborar propostas de interpretação para esta personagem: (anti)herói, fugitivo, exilado, flâneur ou Unheimliche contemporâneo?
Based on the recognition that the Luís de Camões' work is the cornerstone of Portuguese literary canon, this article reflects on the 16th century Poet's relationship with the contemporary production of Portuguese literature whose reading points out how The Lusiads symbolize the very memory of a culture, expanding its notorious influence in the epic by Gonçalo M. Tavares, which is remarkable since the repetition of the Camonian epic structure. While questioning the epic versions through the displacement of Bloom's character in the context of persecution and escape, A trip to India moves forward on the dialectic interpretation of the contradictions of love. In the manner of a collage, this text seeks to follow the itinerary of this (anti)epic and elaborate proposals of interpretation for its character: (anti)hero, runaway, outcast, flâneur or contemporary Unheimliche?
Note
Este artigo é parte integrante do Projeto O desejo de esquecer: Gonçalo M. Tavares e a epopeia desenvolvido no Programa de Pós-Graduação de Letras Vernáculas da Universidade Federal do Rio de Janeiro e conta com uma bolsa de Pós-Doutorado Nota 10 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ.
Reference
[1] Arendt, H. (2016). Escritos Judaicos. São Paulo: Amarilys.
[2] Blanchot, M. (2011). Uma voz vinda de outro lugar. Rio de Janeiro: Rocco.
[3] Brodsky, J. (2016). Sobre o exílio. Belo Horizonte: Editora Âyiné.
[4] Calvino, I. (1993). As Odisseias na Odisseia. In Por que ler os clássicos? (pp. 17–24). São Paulo: Companhia das Letras.
[5] Camões, L. (1978). Os Lusíadas. Ed. E. P. Ramos. Porto: Porto Editora.
[6] Freud, S. (2019). O infamiliar/ Das Unheimliche seguido de O Homem da Areia, de E.T.A. Hoffmann. Ed. Bilingue. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
[7] Guerreiro, A. (2017). O turismo total. Ípsilon, Público. https://www.publico.pt/2017/06/16/culturaipsilon/opiniao/o-turismo-total-1775561
[8] Hesse, H. (2001). Die Morgenlandfahrt. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag.
[9] Hesse, H. (1970). Viagem ao Oriente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
[10] Lourenço, E. (2010). Uma viagem no coração do caos. In G. M. Tavares (Ed.), Uma Viagem à Índia: Melancolia contemporânea (um itineráio) (pp. 5–16). São Paulo: Leya.
[11] Lourenço, E. (2013). A Dupla Viagem. In A. Faria (Ed.), O murmúrio do mundo: a Índia revisitada (pp. 7–16). Rio de Janeiro: Tinta-da-china Brasil.
[12] Marongiu, J.-B. (2000). La dernière surprise-partie. Un manifeste philosophique post-situationniste sur le "Bloom", personnage à peine conceptuel, "fils catastrophique de l'ère industrielle et de la fin de tous les enchantements". Tiqqun. La Théorie du Bloom. La Fabrique éditions, 140pp., 59f. Libération, Critique. http://next.liberation.fr/livres/2000/05/04/la-derniere-surprise-partie-un-manifeste-philosophique-post-situationniste-sur-le-bloom-personnage-a_324760
[13] Pelbart, P. P. (2007). Biopolítica. Sala Preta, 7, 57–65. | DOI 10.11606/issn.2238-3867.v7i0p57-66
[14] Pessoa, F. (2006). Livro do Desassossego. Org. R. Zenith. São Paulo: Companhia das Letras.
[15] Pessoa, F. (2013). Poesia de Álvaro de Campos. Lisboa: Assírio & Alvim.
[16] Said, E. (2007). Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras.
[17] Tavares, G. M. (2010). Uma viagem à Índia: Melancolia contemporânea (um itinerário). Pref. E. Lourenço. São Paulo: Leya.
[18] Tiqqun (2000). Théorie du Bloom. Paris: La Fabrique éditions.
[19] Vaz-Pinto, M. (2010). Gonçalo Tavares: o filho mais desenvolto de Álvaro de Campos? Convocação de textos. Abril, 4, 31–39.
[2] Blanchot, M. (2011). Uma voz vinda de outro lugar. Rio de Janeiro: Rocco.
[3] Brodsky, J. (2016). Sobre o exílio. Belo Horizonte: Editora Âyiné.
[4] Calvino, I. (1993). As Odisseias na Odisseia. In Por que ler os clássicos? (pp. 17–24). São Paulo: Companhia das Letras.
[5] Camões, L. (1978). Os Lusíadas. Ed. E. P. Ramos. Porto: Porto Editora.
[6] Freud, S. (2019). O infamiliar/ Das Unheimliche seguido de O Homem da Areia, de E.T.A. Hoffmann. Ed. Bilingue. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
[7] Guerreiro, A. (2017). O turismo total. Ípsilon, Público. https://www.publico.pt/2017/06/16/culturaipsilon/opiniao/o-turismo-total-1775561
[8] Hesse, H. (2001). Die Morgenlandfahrt. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag.
[9] Hesse, H. (1970). Viagem ao Oriente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
[10] Lourenço, E. (2010). Uma viagem no coração do caos. In G. M. Tavares (Ed.), Uma Viagem à Índia: Melancolia contemporânea (um itineráio) (pp. 5–16). São Paulo: Leya.
[11] Lourenço, E. (2013). A Dupla Viagem. In A. Faria (Ed.), O murmúrio do mundo: a Índia revisitada (pp. 7–16). Rio de Janeiro: Tinta-da-china Brasil.
[12] Marongiu, J.-B. (2000). La dernière surprise-partie. Un manifeste philosophique post-situationniste sur le "Bloom", personnage à peine conceptuel, "fils catastrophique de l'ère industrielle et de la fin de tous les enchantements". Tiqqun. La Théorie du Bloom. La Fabrique éditions, 140pp., 59f. Libération, Critique. http://next.liberation.fr/livres/2000/05/04/la-derniere-surprise-partie-un-manifeste-philosophique-post-situationniste-sur-le-bloom-personnage-a_324760
[13] Pelbart, P. P. (2007). Biopolítica. Sala Preta, 7, 57–65. | DOI 10.11606/issn.2238-3867.v7i0p57-66
[14] Pessoa, F. (2006). Livro do Desassossego. Org. R. Zenith. São Paulo: Companhia das Letras.
[15] Pessoa, F. (2013). Poesia de Álvaro de Campos. Lisboa: Assírio & Alvim.
[16] Said, E. (2007). Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras.
[17] Tavares, G. M. (2010). Uma viagem à Índia: Melancolia contemporânea (um itinerário). Pref. E. Lourenço. São Paulo: Leya.
[18] Tiqqun (2000). Théorie du Bloom. Paris: La Fabrique éditions.
[19] Vaz-Pinto, M. (2010). Gonçalo Tavares: o filho mais desenvolto de Álvaro de Campos? Convocação de textos. Abril, 4, 31–39.